Até ao fim
Mas é assim o poema:
construído devagar,
palavra a palavra,
e mesmo verso a verso,
até ao fim.
O que não sei é como acabá-lo;
ou, até, se o poema quer acabar.
Então, peço-te ajuda:
puxo o teu corpo
para o meio dele,
deito-o na cama da estrofe,
dispo-o de frases
e de adjectivos até te ver,
tu,
o mais nu dos pronomes.
Ficamos assim.
Para trás,
palavras e versos,
e tudo o que
não é preciso dizer:
eu e tu,
chamando o amor
para que o poema acabe.
(Nuno Júdice)
terça-feira, dezembro 16, 2008
Ainda que se percam outras coisas ao longo dos anos, mantenhamos o Natal como algo brilhante... Regressemos a nossa fé infantil." Vídeo lindo de Natal
Escrito por Fada das flores